quinta-feira, 3 de março de 2011

fisiologia Renal




O rim possui 2 funções básicas: função endócrina, apesar de não ser uma glândula endócrina, e a homeostática, que constitui sua principal função.Não se sabe até hoje quais as estruturas renais responsáveis pela função endócrina do rim, mas pesquisadores acham que a porção secretora encontra-se principalmente no complexo justaglomerular, localizado no córtex renalFunção endócrina

• Secreção de renina: Esta substância é responsável pela ativação do sistema Renina-angiotensina II através da ação enzimática sobre a reação de transformação de angiotensinogênio em angiotensina I, que por sua vez transforma-se em angiotensina II sob ação da enzima conversora de angiotensina (ACE) que também atua hidrolizando a bradicinina. A angiotensina II age modificando a ação renal da seguinte forma:
· Maior ação de vasoconstricção das arteríolas eferentes no rim, aumentando a filtração glomerular.
· Ação sobre o córtex da adrenal, levando à produção de aldosterona. Esta, por sua vez, age nos túbulos renais estimulando a retenção e absorção de sódio. Por mecanismos osmóticos, a água também tem sua absorção aumentada. A conseqüência disso é o aumento da volemia e, então, hipertensão arterial.
· Ação sobre as células mesangiais do glomérulo de forma a contraí-las. Então haverá diminuição da área de filtração glomerular com conseqüente redução da taxa de filtração glomerular (TGF).
• Secreção de 1.25 dihidroxi-calciferol o qual é importante na absorção de cálcio no túbulo renal e no depósito de cálcio no osso.
• Secreção de eritropoetina, um fator de crescimento com ação única e específica de estimular a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos. Esse hormônio tem sua produção aumentada em condições de hipóxia.Função homeostática
• Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade). Tal manutenção ocorre em função da excreção de água e solutos, formando um gradiente osmolar adequado entre os compartimentos intra e extracelulares.
• Regular a concentração de íons como sódio, potássio, cloreto, bicarbonato, hidroxônio, magnésio e fosfato. Isto também ocorre com a ajuda da capacidade de excreção de água e solutos.
• Manutenção do pH, contando também com o auxílio do pulmão. O controle do pH no sangue deve-se à capacidade do rim de escretar H+ e reabsorver HCO-3.
• Manutenção da concentração adequada de metabólitos (nutrientes), graças à capacidade de reabsorção presente nos túbulos renais impedindo que metabólitos, como glicose, sejam eliminados pela urina.
• Eliminação de produtos do metabolismo como uréia, ácido úrico e timina graças à pela capacidade de excreção renal.
• Eliminação de drogas ou substâncias tóxicas presentes nos alimentos.Clearence ou depuração plasmática geralÉ o volume plasmático de onde foi removida e excretada uma substância X por minuto.A depuração plasmática geral está relacionada à “limpeza” do plasma levando à produção da urina.
O glomérulo renal recebe o plasma sanguíneo. Uma fração do plasma continua no sangue e sai pela arteríola eferente e outra parte é filtrada no glomérulo, levando à produção da urina.A depuração renal é um fenômeno em que a fração filtrada do plasma é transformada em filtrado glomerular e depois em urina. Sendo assim, em relação à concentração plasmática, substâncias eliminadas pelo rim apresentam um clearance maior do que as não eliminadas. Por outro lado, substâncias pouco ou não eliminadas na urina, como os metabólitos em geral, possuem baixo clearance, uma vez que sua concentração plasmática é superior à concentração de substâncias presentes na urina.
Clearance de x = fluxo urinário X concentração de x na urina / concentração de x no plasma.NéfronNéfron é a unidade funcional do rim e é subdividido em duas porções intimamente relacionadas entre si: porção circulatória, composta de arteríola aferente, glomérulo e arteríola eferente, e a porção urinária, composta de cápsula de Bowmann, túbulos renais e ducto coletor.
A arteríola aferente abastece os capilares glomerulares, a partir dos quais forma-se um líquido livre de proteínas que escoa para o espaço de Bowmann, atravessando a barreira dos vasos glomerulares. Esse líquido é chamado de ultra-filtrado.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fisiologia

FISIOLOGIA CELULAR

Cerca de 45% a 70% da massa corpórea é formada por água. A água é inversamente proporcional a quantidade de gordura corpórea. As mulheres apresentam menor volume de água corpórea em relação ao home, já que ela apresenta maior porcentagem de tecido adiposo.

DESTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO CORPO

Meio Intracelular à cerca de 2/3 dos líquidos se encontram no meio intracelular.MeioExtracelular à cerca de 1/3 dos líquidos encontram-se no meio extracelular. Plasma e liquido intersticial.O pH no meio intracelular é mais acido do que no meio extracelular. No intracelular o pH é de 7.0 e no extracelular e 7.4. A osmolaridade promove o equilíbrio entre o meio extracelular e o meio intracelular, no meio intra e extracelular essa osmolaridade é de 300 m/osm/ meio intra quanto o extracelular é formado tanto por líquidos quanto por eletrólitos e a regulação dessa quantidade desses no meio intra e extra é chamado de Homeostasia que significa o equilíbrio entre os dois meios.Principal cátion do LEC é o Na+ e o ânion que contrabalança é o Cl- e bicarbonato.Principal cátion do LIC K+ e Mg²+ e ânion são as proteínas e fosfatos orgânicos.Obs: O cálcio fica localizado nos retículos sarcoplasmatico, daí pouca concentração no meio intracelular.Cada compartimento líquido do corpo obedece a regra da eletroneutralidade. Cada compartimento tem a mesma quantidade de cátions e ânions. Mesmo que haja uma diferença de potencial, o balanço entre as cargas se mantém maciças,a membrana plasmática é formada de ácido graxo parte hidrofóbica e glicerol parte hidrofílica, o que a caracteriza como uma membrana anfipática.Bicamada de lipídios - 55% fosflipidios25% colesterol13% outros lipídios ( trigliceridios)4% carboidratosEssa composição lipidica da membrana é responsável pela manutenção da permeabilidade, sendo altamente permeável a substancias lipossolúveis e baixa permeabilidade a substâncias hidrossolúvel.Depois da água as proteínas são as 2ª maiores composições da massa corpórea. A proteína na membrana serve como transporte para varias substancias hidrossolúveis que não conseguem passar pela bicamada lipidica da membrana plasmática, enzimas, e receptores para hormônios.

TIPOS DE PROTEÍNASCANAIS AQUOSOS: transporta substancias do meio intra para o extra e vise – versa sem muito gasto de energia.

PROTEÍNAS PERIFERICAS: encontram-se localizadas nas extremidades da membrana e serve como receptores, mandando sinais para o interior da célula.
PROTEÍNAS INTEGRAIS: atravessam a membrana toda e serve para transporte de substancias hidrossolúveis.
Espessuraà quanto maior a espessura menor a difusão.Lipossolubilidadeà Quanto mais lipossolúvel maior a difusão.Numero de canais protéicosà o numero de canais e proporcional a área da membrana.Temperaturaà quanto maior a temperatura maior a difusão.PM das substancias difusorasà quanto maior PM menor a difusão.Obs: A temperaturaá torna a membrana mais permeável ao sódio promovendo uma despolarização o que leva as convulsões quando essa temperatura excede aos níveis normais de 36° a 36,6°C.
EQUILIBRIO DE GIBBS – DONNANÉ o equilíbrio entre as cargas positivas e negativas presente na membrana. O plasma é composto de proteínas plasmáticas (exemplo albumina), essas proteínas têm cargas negativas que promove a redistribuição dos pequenos cátions e ânions, através da parede do capilar. Quando esse plasma é filtrado, ou seja passa dos vasos para os tecidos ele se transforma em liquido intersticial , esse liquido não possui as proteínas plasmáticas que ficam retidas dentro do vaso o que leva a conseqüências secundarias ao equilíbrio da eletroneutralidade.
TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA
TRANSPORTE PASSIVO:
SIMPLESà movimento cinético de íons ou moléculas nos espaços intermoleculares.
FACILITADA: à movimento de íons ou moléculas com ajuda de proteínas carreadoras.Toda forma de transporte mediado por carreador tem três características: saturação, estéreo-especificidade, competição.

TRANSPORTE PASSIVO: realizado através do interstício da membrana. Ex: substancias lipossolúveis O2, CO2 ou canais aquosos em proteínas carreadoras.

TRANSPORTE ATIVO:
PRIMÁRIO: utiliza energia diretamente do ATP. Ex: bomba sódio potássio ATPase ( exerce controle no volume celular e mantém o potencial de ação) e Ca2+ ATPase.

SECUNDÁRIO: Co-transporte e contratransporte.

OSMOSE: é o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido a diferença de concentração de solutos. Essa concentração leva a uma diferença pressão osmótica e essa dessa pressão faz com que a água flua por osmose.

PRESSÃO OSMOTICA: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana semipermeável.

CANAIS IONICOS: são proteínas integrais que quando aberto permite a passagem de certos íons, sendo seletivos. Esses canais são controlados por comportas. Tipos de canais:

CANAIS VOLTAGEM DEPEDENTE: são controladas pela variação de potencial de membrana.

CANAIS LIGANDO DEPENDENTE: depende da ligação da molécula para se abrir, essas podem ser hormônios, neurotransmissores e segundo mensageiro.

POTENCIAL DE DIFUSÃO: É a diferença de potencial gerada na membrana quando o íon se difunde.

POTENCIAL DE EQUILIBRIO: as forças químicas e elétrica age nas cargas iguais mais opostas levando ao equilíbrio.

PERIODO REFRATARIO:ABSOLUTO: no período refratário absoluto um potencial de ação não ocorre enquanto o ultimo não estiver cessado.RELATIVO: pode gerar um outro potencial de ação, mas se o estimulo for grande o suficiente para atingir o limiar. Esse potencial tem que ser de –40mV.

POTENCIAL DE AÇÃOO potencial de ação é um fenômeno das células excitáveis, consistindo em despolarização seguida por repolarização.

PROPAGAÇÃO: ocorre na mesma intensidade de estímulo. A propagação ocorre de maneira continua onde despolariza e repolariza até o destino.

VELOCIDADE DE CONDUÇÃO: envolve a constante de tempo. Essa tem que ser menor para que a velocidade de condução seja rápida. A velocidade de condução também depende da resistência. Quanto maior a resistência, menor a área, mais lenta a propagação.

FIBRAS AMIELINIZADAS: a velocidade de propagação é lenta, pois o potencial percorre por toda fibra numa alta resistência. Velocidade de 0.25m/s.

FIBRAS MIELINIZADAS: a mielina aumenta a resistência periférica, só que não diminui a velocidade de condução, pois o potencial de ação vai percorrer por junções comunicantes ( Nodo de Ranvier), onde tem uma resistência menor, daí a velocidade de propagação é rápida. Essa propagação é chamada de saltitante.

TIPOS DE SINAPSESELETRICA: a corrente flui de uma célula excitável para a seguinte via de baixa resistência ( junções comunicantes). É encontrado no músculo liso e cardíaco.QUIMICA: é transmitida através da fenda sináptica pelo neurotrasmissor, sendo unidirecional, da célula pós sináptica para a pré sináptica.

JUNÇÃO NEUROMUSCULAR:UNIDADE MOTORA:Motoneurônio: São as células cujos os nervos suprem as fibras muscularesUnidade Motora: Um só motoneurônio e todas as fibras que este inerva.
1. Os potenciais de ação se propagam ao longo do axônio. Essa propagação do potencial vai atingir a fenda pré - sináptica onde vai induzir abertura dos canais de cálcio, esse cálcio influi para a terminação, ao longo do seu gradiente eletroquímico.2. A entrada de Ca2+, promove a liberação de acetilcolina, sintetizada e armazenada em vesículas neurais.3. A Ach se difunde através da fenda sináptica até a pos – sináptica, onde se liga ao receptores nicotínicos, esse sendo ligando dependente. Essa ligação vai induzir modificação da estrutura do receptor onde vai gerar a ativação e induzindo a abertura dos canais de Na+ e K+ .4. Quando os canais de Na+ e K+ , ele irão se difundir e o Na+ irá causar uma despolarização da placa motora gerando um potencial de ação que se propaga ao longo da fibra.5. Essa placa só atinge o potencial de repouso quando a Ach é degradado em colina + acetato pela acetilcolinesterase.
AGENTES QUE ALTERAM O FUNCIONAMENTO DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Tóxina botulínica - Bloqueia a liberação de Ach pelas terminais pré-sinápticas.Curare- Compete pelos receptores nicotínicos daplaca motora diminuindo o PPM.D- tubocurarina- compete com a Ach nos receptores e é usada para relaxar a musculatura Esquelético.Inibidores da acetilcolinesterase- Neostigmina, impede a degradação da Ach na fenda sináptica. Prolonga e aumenta a ação da Ach.Usada para tratar Miastenia gravis.Miastenia gravis- Doença que leva a uma fraqueza do músculo esquelético e fadigabilidade. Os receptores de Ach são bloqueados por anticorpos.Hemicolínio- Bloqueia a recaptação da colina pela terminal pré- sináptica.
TIPOS DE DISPOSIÇÃO DAS SINÁPSES Sinapses de um para umSinapses de um para muitos ( O motoneurônio produz rajada de PA na célula pos-sináptica)Sinapses de muitos para um (muitas células pré-sinápticas convergem para uma pós-sinápticaA Entrada Sináptica – Potenciais Pós sinápticos Excitatório e InibitórioPotenciais Pós sinápticos Excitatório – despolarizam células pós-sinápticas (PPSEs) -abertura de canal de Na+Neurotransmissores: noradrenalina (NA), Acetilcolina (Ach), Dopamina, epinefrina e serotonina.Potenciais Pós sinápticos Inibitório- Hiperpolarizam a célula pós-sináptica (PPSIs) - abertura de canal de Cl-Neurotransmissores: gama-aminobutírico (GABA) , Glicina.
INTEGRAÇÃO DA INFORMAÇÃO SINÁPTICASomação EspacialDuas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica ao mesmo tempo.Somação TemporalDuas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica em rápida sucessão.
OUTROS FENÔMENOS QUE ALTERAM A ATIVIDADE SINÁPTICAFacilitação, aumentação e potenciação pós-tetânica.Talvés por acúmulo de Ca++.
Fadiga sináptica estimulação repetitiva produz resposta menor do que a esperada.

REFERÊNCIA:
LINDA S. CONSTANZO. Fisiología . Guanabara Kogan, Rj 1995.
Conteúdo retirado do material didático da professora Edlene Felix
Postado por Fisiologia Humana às
05:22
Sinapse química
Acontece quando o potencial de ação, ou seja, impulso é transmitido através mensageiro químico, ou seja, neurotransmissores, que se liga a um receptor (proteína), na membrana pós-sinaptica, o impulso e transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueado e em comparação com sinapse elétricas é a sinapse química é muito mais lenta.Quase todas sinapses do SNC são químicas.
EX: neurotransmissores
- Histamina
- Acetilcolina
Sinapse elétrica
Neste tipo de sinapse as células possuem um intimo contato através junções abertas ou do tipo gap que permite o livre transito de íons de uma membrana a outra, desta maneira o potencial de ação passa de uma célula para outra muito mais rápido que na sinapse química não podendo ser bloqueado.Ocorre em músculo liso e cardíaco, onde a contração ocorre por um todo em todos os sentidos.
Funcionamento de uma sinapse química:
Na sinapse química o potencial de ação que esta se movendo em ambos os lados na membrana quando chega na região adjacente a fenda sinaptica, onde se encontram muitos canais de cálcio que através da despolarização da membrana se abrem liberando cálcio para dentro da célula.Este influxo de cálcio nas imediações da membrana pré-sinaptica, causara por atração iônica o movimento das vesículas com neurotransmissores na direção da membrana pré-sinaptica onde os neurotransmissores serão liberados na fenda sinaptica por exocitose.Na membrana pós-sinaptica existe um grande número de proteínas receptoras de neurotransmissores, estes receptores são canais iônicos permeáveis ao sódio (impulso excitatório) e cloreto (impulso inibitório).
Se os neurotransmissores ligarem-se aos canais iônicos permeáveis ao sódio, causara o influxo de sódio para dentro da célula o que conseqüentemente desencadeara um potencial de ação nesta célula.Se o neurotransmissores se ligar canais iônicos permeáveis ao cloreto, o que causara o influxo de cloreto para dentro da célula e como o cloreto é um anion não deixará que a célula gere um potencial de ação, ou seja, impulso inibitório.
Fases de liberação do neurotransmissor:
Despolarização
Entrada de cálcio no botão sinaptico
Cálcio se liga aos sítios de liberação da membrana pré-sinaptica
Exocitose da vesícula com neurotransmissores
Receptores deixam os neurotransmissores passarem
Reciclagem das vesículas com neurotransmissores
Remoção do neurotransmissores do botão sinaptico
- Difusão
- Destruição enzimática
- Transporte ativo para terminação pré-sinaptica

PPSE - potencial pós-sinaptica excitatório, somação de descargas para desencadear o potencial de ação.PPSI - potencial pós-sinaptica inibitório.

A fisiologia muscular

O ATP é a principal fonte do retraimento muscular, esta fonte provém do glicogênio, ou seja, glicose conglomerada. A molécula de glicogênio se divide nas unidades de glicose, e através da fermentação e da respiração aeróbia, as moléculas de glicose se rompem. Havendo a precariedade de oxigênio, será aglomerado ácido lático no músculo. Ocorrendo a possibilidade deste mesmo ar voltar a circular no tecido e ser transformado em acido pirúvico. Para que haja o relaxamento do músculo é necessária a presença de creatina fosfato. Para que o músculo se retraia é necessária a presença de glicogênio.

A teoria criada por Huxley, compreende a contração muscular. Fundamenta-se na hipótese de que durante a contração, a actina e a miosina permanecem estáticas no músculo, ou seja, não se movem, elas escorregam entre si, se aproximando, e reduzindo a faixa H. Vejam na figura abaixo, que no momento de contração e relaxamento, as dimensões da banda A não são alteradas. Já a banda I aumenta o seu tamanho no relaxamento e diminui na contração. As pontes laterais são as estruturas que saem dos miofilamentos da miosina são responsáveis pelo deslizamento que locomove os filamentos de actina em relação aos filamentos de miosina. Se caso a miosina de um músculo desagregar-se, a faixa A será ocultada. Com essa afirmativa, foi concluído que quando um filamento é grosso, ele é formado por miosina, e quando é fino é formado por actina.

O cálcio é um fator essencial para a divisão do ATP, com esta divisão o mesmo libera energia que será transferida para o filamento do músculo. O músculo então descontrai, pois o cálcio retorna para as nervuras obstruindo o desenvolvimento da ATP. Acredita-se que o músculo não terá força suficiente para se movimentar não recebendo os estímulos e mensagens necessárias, por outro lado existe o plano de transporte na quais as nervuras sarcoplasmáticas obterão a presteza suficiente para o fornecimento das mensagens
Sistema cardiovascular

As funções básicas do sistema cardiovascular são transportar oxigênio e outros nutrientes para as células do corpo, remover produtos do metabolismo celular e carregar substâncias de uma parte para outra do corpo.
O funcionamento do coração é extraordinariamente complexo, sendo a resposta integrada de propriedades intrínsecas do miocárdio sob muitas influências extrínsecas tais como: fatores do sistema nervoso, fatores humorais, o volume de sangue e o retorno venoso, e também as impedâncias instantâneas da vasculatura periférica.
Chama-se circulação, o movimento que o sangue realiza ciclicamente dentro do sistema vascular. Este sistema compreende uma extensa rede de condutos ou tubos especialmente preparados para que o sangue circule em seu interior. As artérias são os vasos que levam o sangue do coração para os órgãos, músculos, ossos, enfim, para cada célula do nosso organismo. A parede das artérias é composta de três camadas: a camada adventícia, que é a camada mais externa; a camada média, formada por musculatura lisa e a camada íntima, que é um revestimento de endotélio. As artérias tem a propriedade especial de se contraírem assim que recebem o estímulo de substâncias contidas no próprio sangue (hormônios) produzindo o efeito que se chama de pressão arterial. O pulso arterial é produzido pela ejeção de sangue do ventrículo esquerdo dentro da aorta e grandes vasos. Esta pressão faz com que o sangue seja empurrado para a frente, chegando aos órgãos e as células.
Chama-se circulação, o movimento que o sangue realiza ciclicamente dentro do sistema vascular. Este sistema compreende uma extensa rede de condutos ou tubos especialmente preparados para que o sangue circule em seu interior. As artérias são os vasos que levam o sangue do coração para os órgãos, músculos, ossos, enfim, para cada célula do nosso organismo. A parede das artérias é composta de três camadas: a camada adventícia, que é a camada mais externa; a camada média, formada por musculatura lisa e a camada íntima, que é um revestimento de endotélio. As artérias tem a propriedade especial de se contraírem assim que recebem o estímulo de substâncias contidas no próprio sangue (hormônios) produzindo o efeito que se chama de pressão arterial. O pulso arterial é produzido pela ejeção de sangue do ventrículo esquerdo dentro da aorta e grandes vasos. Esta pressão faz com que o sangue seja empurrado para a frente, chegando aos órgãos e as células.

As veias são os vasos que trazem o sangue de volta ao coração. Diferem das artérias por ter uma camada média menos espessa, isto porque a pressão de retorno do sangue para o coração é menor do que a de saída. O retorno do sangue ocorre devido ao pulso venoso gerado pela contração dos músculos e pela contração da própria veia. A isto, soma-se a ação das válvulas contidas no interior das veias ajudam a vencer a força da gravidade. Além disto o próprio átrio direito gera uma força ou pressão negativa, sugando o sangue na direção do coração.
A grande circulação ou circulação sistêmica é o movimento do sangue que sai pela aorta e retorna pelas veias cavas inferior e superior de volta ao átrio esquerdo.
A pequena circulação ou circulação pulmonar é o movimento do sangue que sai do ventrículo direito através da artéria pulmonar, passando pelos capilares pulmonares (local onde o sangue entra em contato com o leito alveolar e é oxigenado). Depois de oxigenado o sangue retorna para o átrio esquerdo através das veias pulmonares, seguindo para o ventrículo esquerdo e a grande circulação.
A terceira circulação ou circulação coronariana é o movimento o sangue a partir dos seios coronarianos localizados na raiz da aorta. Estes seios dão origem a artéria coronária direita e tronco da coronária esquerda. Assim que o miocárdio é irrigado, o sistema venoso coronariano trás de volta o sangue para o átrio direito.

O ciclo cardíaco é uma das maravilhas da natureza. Para entender a sincronia que rege este fenômeno, antes é preciso descrever os dois fenômenos que acontecem durante o batimento cardíaco. O primeiro é um potencial elétrico que é gerado pelo nodo sino-atrial e o segundo é o potencial mecânico gerado pela contração ordenada do miocárdio. No primeiro evento ocorre um disparo de atividade elétrica que rapidamente se dissipa por cada célula miocárdica, o segundo evento é a resposta do conjunto de células miocárdicas que produz a contração e por conseguinte o movimento de sangue dentro de cada câmara cardíaca.
O ciclo cardíaco é composto por dois eventos: a diástole e a sístole.
A diástole é o enchimento das câmaras cardíacas com o volume de sangue.
A sístole é a expulsão do sangue das câmaras cardíacas. Existem dois tipos de sístole, a atrial e a ventricular. Cada uma é precedida por uma diástole.
Abaixo um diagrama apresentando as fases do ciclo cardíaco:

1. Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular

2. Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole

3. Contração ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventricular

4. Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica

5. Reinício da diástole atrial e ventricular.
Uma das duas câmaras do coração, a aurícula direita, contém um grupo de células chamadas de nódulo sinusal que atua como um marca-passo, produzindo esses impulsos elétricos que fazem com que o músculo do coração se contraia e relaxe a cada ciclo cardíaco. A freqüência do ritmo cardíaco que determina tais impulsos elétricos depende da atividade no momento, variando desde 60 a 80 batidas por minuto em uma situação de descanso, a até mais de 200 batidas por minuto quando se faz exercícios, de modo a assegurar o direcionamento de nutrientes suficientes aos músculos e ao resto do organismo







quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Citologia

As células são geralmente muito pequenas e, dificilmente, visíveis a olho nu. Por isso, apenas depois da invenção do microscópio é que foi possível observar uma célula pela primeira vez. Sabe quando isso aconteceu? No ano de 1665, pelo inglês Robert Hooke, utilizando um microscópio muito simples.Ele fez cortes bem finos na casca de uma árvore e descobriu que estas estruturas eram formadas por pequenas unidades semelhantes a favo de mel.O nome "célula" foi empregado pela primeira vez por ele como diminutivo da palavra "cella", que em latim significa espaço cercado por paredes.

Classificação quanto ao tipo de célula

Hoje sabemos que as células que existem são de dois tipos:
Procariontes
Células muito simples, sem organelas e com material genético (DNA) localizado em uma região específica do citoplama, mas não protegido por um envoltório, ou seja, sem uma membrana nuclear (carioteca).
Eucariontes
Células mais complexas com o citoplasma rico em organelas e com o material genético (DNA) protegido pela carioteca.Ex: animais, vegetais, fungos e protozoários.
Lembrete:Organelas são estruturas encontradas dentro da célula, delimitadas por membranas, e com funções específicas. O nome "organela" é usado como alusão à "pequenos órgãos".

Estruturas Celulares
Membrana Plasmática
Tudo que existe, e que é indivualizado, precisa se separar do seu meio exterior por algum envoltório. Por exemplo, uma casa é separada do meio externo por paredes, pelo piso e pelo teto. Imagine agora uma célula sem um envoltório. Como seria sua composição? Certamente, semelhante àquela encontrada ao seu redor. Sem esse envoltório, provavelmente a célula nem existiria. Assim, o papel principal da membrana plasmática é delimitar a célula, em outras palavras, separar o conteúdo citoplasmático do meio em que ela se encontra. Por isso, começaremos nosso estudo sobre as estruturas que formam a célula pela membrana plasmática.
Os lipídeos, substâncias oleosas, são as principais moléculas presentes na membrana plasmática e o fato deles não se misturarem com a água ajuda no papel da membrana plasmática de separação da célula do seu meio externo. Os lipídeos da membrana são chamados de fosfolipídeos e se organizam em uma bicamada (duas camadas justapostas).Os fosfolipídios possuem uma cabeça polar, formada por fósforo (que pode ficar em contato com a água) e caudas apolares (que não tem afinidade por água) que ficam voltadas para o interior da membrana.Além dos fosfolipídeos a membrana também possui Proteinas , que funcionam como portas e janelas da célula, e açúcares ligados aos lipídeos e às proteínas.Ou seja, a composição da membrana plasmática ...é principalmente lipoprotéica (lipídeos + proteínas). O modelo mais aceito atualmente foi proposto por Singer e Nicholson e é conhecido como modelo do mosaico fluido, como mostra a figura abaixo.
A passagem das substâncias de pequeno porte através da membrana pode ocorrer passivamente ou ativamente...
Antes de entender as duas formas principais de transporte na membrana, o passivo e o ativo, é necessário que compreenda muito bem o processo de difusão.Você já deve ter observado o que acontece quando uma pessoa passa um perfume forte e permanece em um ambiente fechado. Em poucos instantes toda a sala fica com o cheiro do perfume. Já parou para se perguntar por que isso ocorre?Lembra que dois corpos não ocupam um mesmo lugar no espaço? Isso significa dizer que quando uma "partícula" se move, ela acaba "tomando o lugar" de uma outra partícula que se encontra ao seu lado. O ar é composto de diversas "partículas" flutuantes diferentes, ou seja, de gases, como o oxigênio, gás carbônico e nitrogênio, que se movem, e que estão sempre trocando de lugar uns com os outros. O perfume é feito por um líquido muito volátil, que se torna um gás facilmente. Quando os gases perfumados são adicionados ao ar, eles também irão se mover e trocar de lugar com os outros tipos de gases. Isso faz com que depois de um tempo tenhamos gases de perfume espalhados por todo o ambiente fechado.As moléculas presentes dentro de líquidos também possuem capacidade de movimento. Dentro da célula e em seu exterior existe grande quantidade de líquidos. Então, quando uma molécula qualquer se move dentro desses líquidos elas deverão também trocar de lugar com as moléculas que estão ao seu redor.Agora, responda a seguinte pergunta: Uma pessoa está parada numa estação final de trem esperando para embarcar. O trem chega lotado de passageiros e abre as portas. A pessoa conseguirá entrar com facilidade? Você já deve ter percebido que esta pessoa terá grande dificuldade de entrar no trem porque haverá um grande fluxo de passageiros saindo dele. O mesmo acontece com as substâncias que entram e saem de uma célula. Se existe maior quantidade de substâncias de um lado ou do outro, haverá maior fluxo de passagem para o lado que a substância estiver em menor quantidade.Assim, a difusão pode ser entendida como um maior fluxo de movimento de moléculas em direção a uma região onde as mesmas se encontram em menor quantidade.
a) Transporte Ativo – Movimento de entrada ou saída de substâncias em uma célula com gasto de energia. Ex: bomba de sódio e potássio. Para entender o transporte ativo, pense em nosso exemplo acima e imagine o caso da pessoa que está do lado de fora do trem. Para entrar no trem esta pessoa terá que "vencer" a direção natural de movimento de passageiros. E, ao fazer isso, terá que se movimentar contra um "gradiente" de passageiros e se esforçar bastante. Em outras palavras, ela terá que gastar energia. Para ocorrer a passagem de uma molécula contra um gradiente de concentração também será necessário o gasto de energia.
b) Transporte Passivo – Movimento feito sem gasto de energia, ou seja, respeitando o gradiente de condentração. Ex: osmose
Osmose – É a difusão da água, ou seja, a passagem de água de um meio hipotônico (onde ela se encontra em maior quantidade) para um meio hipertônico (onde ela se encontra em menor quantidade). Em um meio hipotônico existe maior quantidade de água e menor quantidade de sal dissolvido. O contrário ocorre em um meio hipertônico.
Difusão facilitada – É a passagem de macromoléculas através de proteínas especiais denominadas permeases, que formam poros na membrana.
A membrana plasmática possui a capacidade de englobar substâncias de maior porte através da endocitose.
Endocitose – Transporte de moléculas em grande quantidade. Existem dois tipos de mecanismos para esse transporte:
a) Fagocitose – Englobamento de partículas sólidas por meio da emissão de pseudópodes pela membrana plasmática.
b) Pinocitose – Englobamento de gotículas líquidas por meio de invaginações da membrana plasmática
O citoplasma
O citoplasma é um espaço intra-celular preenchido por uma matriz semi-fluida (com consistência de gel), denominada hialoplasma, onde está "mergulhado" tudo que se encontra dentro da célula, como moléculas e organelas. O hialoplasma pode ter uma consistência de gel mais viscoso, denominado citogel ou uma consistência de gel mais líquido, denominado citosol.É composto principalmente por água (80%), mas também contem íons, sais e moléculas grandes, como proteínas, carboidratos e o RNA.
Retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático (RE) é um sistema de canais e canalículos formados por membranas, as quais possuem continuidade com o núcleo celular. Funcionam como "túneis" sinuosos dentro da célula. Está presente apenas nos seres eucariontes.Existem dois tipos de retículo endoplasmático.
Tipos: a) liso ou agranular – não possui ribossomos aderidos às suas superfícies;
b) rugoso ou granular ou ergatoplasma – possui ribossomos aderidos às suas superfícies

Funções:Rede de distribuição de substâncias – Algumas substâncias se deslocam dentro dos "túneis" do RE, mocendo-se dos seus locais de produção até seus locais de utilização, de foma que não se misturam com o hialoplasma. Produção de lipídios – A produção de alguns lipídeos, como o colesterol e os fosfolipídeos é feita pelo retículo endolpasmático liso (REL).
Produção de proteínas – Essa é uma das principais funções do retículo endoplasmático rugoso (RER), o qual recebeu este nome por apresentar uma grande quantidade de ribossomos aderidos a sua superfície. Os ribossomos são moléculas grandes que tem um papel muito importante na síntese de proteínas. Eles funcionam como o local no qual o RNA mensageiro se adere para ser lido e traduzido e, assim, funcionar como a base de produção das proteínas.

Complexo de Golgi
É uma organela presente nas células eucariontes formada por uma pilha de vesículas grandes e achatadas e outras menores e esféricas, que brotam a partir da primeira.
Biogênese – Origina-se a partir de elementos do retículo endoplasmático
Funções – Armazenamento e secreção de substâncias, tais como os hormônios; síntese da lamela média nas células vegetais; origem dos lisossomos; formação do acrossomo do espermatozóide; centro de distribuição de moléculas para diversas partes da célula.Outros nomes do complexo de Golgi: dicitiossomo, golgiossomo, aparelho de Golgi, complexo golgiense
Centríolos
São feixes curtos formados de microtúbulos (filamentos proteícos encontrados no esqueleto da célula, ou seja, citoesqueleto). Estão ausentes nos procariontes e nas plantas com frutos (angiospermas). Normalmente, cada célula possui um par de centríolos.
É responsável pela produção de: a) cílios; b) flagelos; c) fibras do fuso acromático.
Lisossomos
São corpúsculos normalmente esféricos cujo interior apresenta uma grande quantidade de enzimas que degradam (quebram em pedações pequenos, ou seja, digerem ou destroem) moléculas grandes ou organelas envelhecidas. Exemplo de ezimas encontradas dentro dos lisossomos: proteases (degradam proteínas), nucleases (degradam ácidos nucléicos: DNA e RNA), glicosidases (degradam açúcares) e lipases (degradam lipídeos).
Funções: Digestão intracelular; Função heterofágica – Digerir produtos oriundos da fagocitose e da pinocitose. Função autofágica – Pode ser de dois tipos: autofagia (digestão de organelas e estruturas da própria célula) e autólise (pelo rompimento da membrana lisossômica, as enzimas vazam para o citoplasma destruindo completamente a célula).
Peroxissomos
São pequenas vesículas semelhantes aos lisossomos, porém sua enzima principal é a peroxidase. Esta enzima degrada as moléculas de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) que se formam como resultado do metabolismo (funcionamento) celular. O peróxido de hidrogênio pode ser muito tóxico para a célula porque pode levar a produção de radicais livres. Estes radicais são capazes de danificar as células, atuando por exemplo sobre o DNA e outras moléculas.
Mitocôndrias
São organelas esféricos, ou na forma de bastonetes, imersos no citoplasma. A mitocôndria é uma das principais organelas celulares pois está relacionada com a produção de energia que é armazenada nas moléculas de ATP (adenosina tri-fosfato). Essas moléculas podem ser comparadas a pequenas "baterias" intracelulares que fornecem energia para todo o metabolismo celular.
Biogênese – Origina-se a partir de outra mitocôndria preexistente por divisão.
Função – Nas mitocôndrias, ocorrem duas etapas na respiração aeróbia: o ciclo de krebs e a cadeia respiratória através dos quais produz-se o ATP.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Enfermagem e suas diretrizes





O MERCADO DE TRABALHO

Como há muitos cursos no país, a concorrência por uma vaga de trabalho é grande. Mas alguns fatores têm contribuído para a manutenção das ofertas, como o envelhecimento da população brasileira, que faz aumentar a procura por especialistas em saúde da terceira idade (enfermagem geriátrica), a crescente utilização do sistema home care e a própria abertura de novos hospitais no país – em 2008, foram incluídos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)143 instituições públicas que fazem internação, como é o caso de clínicas e hospitais. A expansão do Programa Saúde da Família (PSF), do governo federal, também favorece o mercado de trabalho para os enfermeiros, já que cada equipe do programa tem de contar com, no mínimo, um profissional da área. Além disso, surgiram novos campos de atividade nos últimos anos. "Há uma década, era incomum encontrar enfermeiros responsáveis por gestão da qualidade ou atuando como representantes comerciais de produtos e equipamentos de indústrias farmacêuticas e laboratórios", afirma Andréa Gomes da Costa Mohallem, vice-diretora da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein,de São Paulo (SP). Segundo ela, também não se viam enfermeiros ocupando cargos de gerentes de novos projetos, tais como abertura de alas hospitalares, implantação de novos protocolos dentro de clínicas e hospitais ou até treinamento de equipes para manuseio de equipamentos. Como o Sul e o Sudeste do Brasil concentram a maior parte dos hospitais, há vagas em instituições filantrópicas e privadas. No entanto, segundo o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, o Norte e Nordeste são as regiões que atualmente oferecem mais colocações.

O CURSO

As diretrizes estabelecidas pelo MEC em 2002 propuseram que a formação na graduação passasse a ter um caráter mais generalista, voltado para as necessidades de atenção primária, que é o trabalho do enfermeiro em ambulatórios, prontos-socorros e postos de saúde. O início do curso é marcado por disciplinas básicas da área das ciências biológicas, como anatomia, microbiologia, citologia, histologia e parasitologia. Também há matérias de administração e fundamentos de psicologia e de sociologia. Gradativamente, o aluno conhece os procedimentos técnicos e, no segundo ano, começa a atender pacientes e a cuidar de enfermarias. O estágio é obrigatório, sempre supervisionado por enfermeiros e professores. No fim do curso – que dura, em média, quatro anos e meio –,é comum a exigência de um trabalho de conclusão.

O que você pode fazer

-Assessoria e consultoria
Auditar os procedimentos hospitalares de enfermagem e auxiliar na montagem de unidades de saúde.

-Atendimento domiciliar
Cuidar de pacientes em sua residência, dando continuidade ao tratamento hospitalar. Auxiliar o paciente em exercícios terapêuticos e cuidar de sua higiene e de seu bem-estar.

-Enfermagem geral
Comandar equipes de técnicos e auxiliares de enfermagem no atendimento a pacientes.

-Enfermagem geriátrica
Atender idosos, doentes ou não, em domicílios, casas de repouso, clínicas e hospitais. Enfermagem médico-cirúrgica Ministrar cuidados pré e pós-operatórios em prontos-socorros, clínicas e hospitais.

-Enfermagem obstétrica
Dar assistência integral a gestantes, parturientes e lactantes, acompanhando o pré-natal, realizando exames e auxiliando o médico no parto e no pós-parto. Dar orientações sobre planejamento familiar.

-Enfermagem pediátrica
Acompanhar e avaliar o crescimento e o desenvolvimento da criança. Incentivar o aleitamento materno e orientar os pais quanto às técnicas e aos cuidados com os recém-nascidos.

-Enfermagem psiquiátrica
Ajudar no tratamento de pacientes com distúrbios psicológicos.

-Enfermagem de resgate
Participar de equipes de salvamento de vítimas de acidentes ou de calamidades públicas.

-Enfermagem do trabalho
Dar atendimento ambulatorial em empresas e acompanhar
programas de prevenção e manutenção da saúde dos funcionários.

-Enfermagem de saúde pública
Orientar a população sobre a prevenção de doenças e promover a saúde da coletividade. Atender pacientes em hospitais, centros de saúde, creches e escolas. Formar, capacitar e supervisionar os agentes de saúde.

-Ensino
Orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas.

-Gestão da qualidade
Avaliar e planejar os processos assistenciais com o objetivo de aumentar a segurança dos pacientes.

-Gestão de projetos
Administrar e controlar as atividades destinadas a projetos multidisciplinares, como abertura de uma ala hospitalar ou implementação de um novo protocolo em clínicas ou hospitais.

-Pesquisa clínica
Planejar, implementar e coordenar projetos de pesquisas clínicas, como o desenvolvimento de drogas

Desenvolvimento das práticas de saúde durante os períodos históricos

Subdivisão do períodos relacionados com a mudança das práticas de saúde:
• As práticas de saúde instintivas - caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas.

• As práticas de saúde mágico-sacerdotais - aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde.

O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

• As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.

A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.

• As práticas de saúde monástico-medievais - Focaliza a influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.

• As práticas de saúde pós monásticas - evidencia a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.

Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

• As práticas de saúde no mundo moderno - analisa as práticas de saúde e, em especial, a de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.

Florence Nightingale


Sua família, rica e bem-relacionada, vivia em Florença, no Grão-ducado da Toscana. Por isso, Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, como sua irmã mais velha Parthenope nascida em Partênope (Nápoles). Moça brilhante e impetuosa, rebelou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu estatuto, que seria tornar-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se à caridade, encontrado seu caminho na enfermagem.

Tradicionalmente, o papel de enfermeira era exercido por mulheres ajudantes em hospitais ou acompanhando exércitos, muitas cozinheiras e prostitutas acabavam tornando-se enfermeiras, sendo que estas últimas eram obrigadas como castigo.

Florence Nightingale ficou particularmente preocupada com as condições de tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Ela anunciou sua decisão para a família em 1845, provocando raiva e rompimento, principalmente com sua mãe.

Em dezembro de 1844, em resposta à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, que acabou evoluindo para escândalo público, ela se tornou a principal defensora de melhorias no tratamento médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). Isto a levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do Estado para muito além do fornecimento de tratamento médico.

Em 1846, Florence visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por uma ordem de freiras católicas na Alemanha, ficando impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e prática das religiosas.

A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da Crimeia, que se tornou seu principal foco quando relatos de guerra começaram a chegar à Inglaterra contando sobre as condições horríveis para os feridos. Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela, inclusive sua tia Mai Smith, partem para os Campos de Scutari localizados na Turquia Otomana.


Desenho do Projeto GutenbergFlorence Nightingale voltou para a Inglaterra como heroína em Agosto de 1857 e, de acordo com a BBC, era provavelmente a pessoa mais famosa da Era Vitoriana além da própria Rainha Vitória.[1]

Contudo, o destino lhe reservou um grande golpe quando contrai febre tifoide e permanece com sérias restrições físicas, retornando em 1856 da Crimeia.

Impossibilitada de exercer seus trabalhos físicos, dedica-se a formação da escola de enfermagem em 1859 na Inglaterra, onde já era reconhecida no seu valor profissional e técnico, recebendo prêmio concedido através do governo inglês. Fundou a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano, era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas.

Em 1883, a Rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.

Florence Nightingale faleceu em 13 de agosto de 1910, deixando legado de persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, estabeleceu as diretrizes e caminho para enfermagem moderna.

Origem da enfermagem


A profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde instintivas (por instinto) foram as primeiras formas de prestação de assistência. Numa primeira fase da evolução da civilização, estas acções garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos nómadas primitivos, levando em linha de conta a espiritualidade de cada um relacionada com a do grupo em que vivia. Mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o género masculino (o homem), aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e se apoderou dele.

As práticas de saúde mágico-sacerdotais abordavam a relação mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo (em que as coisas se faziam por tentativa e erro sem nenhum fundamento cientifico mas sim com base na experiência de quem ministrava os cuidados). Essas acções permanecem por muitos séculos desenvolvidas nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.

Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa.

A prática de saúde, antes mística e sacerdotal (inicia-se no século V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã), passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenómenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates (Hipócrates de Cós - nasceu na Antiga Grécia, considerado por muitos como uma das figuras mais importantes da história da saúde – é frequentemente considerado o "Pai da Medicina" ou o "Pai das Profissões da Saúde"), que propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspecção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.

As práticas de saúde medievais focalizavam a influência dos factores socio-económicos e políticos do medieval e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.

As práticas de saúde pós monásticas evidenciam a evolução das acções de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram factor de crescimento para a Enfermagem.

Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos colectivos.

Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atractivos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

As práticas de saúde no mundo moderno analisam as acções de saúde e, em especial, as de Enfermagem, sob a óptica do sistema político-económico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como actividade profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI que termina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.